Fernando Pessoa najznámejšie citáty
Fernando Pessoa: Citáty v angličtine
A Factless Autobiography, number 424, trans. Richard Zenith, Penguin Classics edition
The Book of Disquiet
Os Grandes Trechos, s/n. Translated from the Portuguese Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006
The Book of Disquiet
Originál: E então vem-me o desejo transbordante, absurdo, de uma espécie de satanismo que precedeu Satã, de que um dia [...] se encontre uma fuga para fora de Deus e o mais profundo de nós deixe, não sei como, de fazer parte do ser ou do não ser.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
"Autopsicografia" ["Autopsychography"], in Presença, No. 36 (November 1932)
Fernando Pessoa's most translated poem.
Richard Zenith's translation:
The poet is a faker
Who's so good at his act
He even fakes the pain
Of pain he feels in fact.
“Metaphysics is a consequence of not feeling very well.”
A metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Tabacaria (1928), trans. Richard Zenith
Ibid., p. 98
The Book of Disquiet
Originál: Há sensações que são sonos, que ocupam como uma névoa toda a extensão do espírito, que não deixam pensar, que não deixam agir, que não deixam claramente ser.
<p>A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.</p><p>A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.</p>
"A morte é a curva da estrada" (23 May 1932), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
“My curiosity sister of larks.”
Ibid., p. 219
The Book of Disquiet
Originál: A minha curiosidade irmã das cotovias
“Thing thrown to a corner, rag fallen on the road, my ignoble being feigns itself in front of life.”
Ibid., p. 64
The Book of Disquiet
Originál: Coisa arrojada a um canto, trapo caído na estrada, meu ser ignóbil ante a vida finge-se.
“I believe that saying a thing is to keep its virtues and take away its terror.”
Ibid., p. 55
The Book of Disquiet
Originál: Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror.
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Trazem-me a fé como um embrulho fechado numa salva alheia. Querem que o aceite para que não o abra.
“Freedom is the possibility of isolation… If you can't live alone, you were born a slave.”
A liberdade é a possibilidade do isolamento... Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
The Book of Disquietude, trans. Richard Zenith, text 283
“My head and the universe ache me.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Doem-me a cabeça e o universo.
“All beginnings are involuntary.”
Poem "O Conde D. Henrique", verse 1
Message
Originál: Todo começo é involuntário.
“Art consists in making others feel what we feel.”
Ibid., p. 231
The Book of Disquiet
Originál: A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos.
“Given that we cannot know all the elements in a problem, we never can solve it.”
Ibid., p. 282
The Book of Disquiet
Originál: Como nunca podemos conhecer todos os elementos de uma questão, nunca a podemos resolver.
“Oh salty sea, how much of your salt
are tears of Portugal!”
Poem "Mar Português", Verses 1-2
Message
Originál: Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Ibid., p. 164
The Book of Disquiet
Originál: Nunca me pesou o que de trágico se passasse na China. É decoração longínqua, ainda que a sangue e peste.
“Everything was asleep as if the universe was a mistake.”
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Originál: Dormia tudo como se o universo fosse um erro.
Ibid., p. 271
a possible play on Tertullian's: "credo quia absurdum" (I believe because it's absurd), "credo quia impossibilis est" (I believe because it's impossible).
Richard Zenith translates boémio as bohemian, not bon vivant.
The Book of Disquiet
Originál: Nunca fui mais que um boémio isolado, o que é um absurdo; ou um boémio místico, o que é uma coisa impossível.
<p>Original: Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!</p><p>Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz-
Ter por vida a sepultura.</p>
Poem "O Quinto Império" http://www.inverso.pt/Mensagem/Encoberto/QuintoImperio.htm, lines 1–10
Message
“My homeland is the portuguese language.”
Ibid., p. 230
Translation variants:
My fatherland is the Portuguese language.
My nation is the Portuguese language.
My country is the Portuguese language.
My home is the Portuguese language.
The Book of Disquiet
Originál: Minha Pátria é a língua portuguesa.
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Pensar é destruir. O próprio processo do pensamento o indica para o mesmo pensamento, porque pensar é decompor.
“Art lies because it's social.”
Ibid., p. 232
The Book of Disquiet
Originál: A arte mente porque é social
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram.
Álvaro de Campos (heteronym), "Começo a conhecer-me. Não existo.", in Fernando Pessoa & Co: Selected Poems, trans. Richard Zenith (Grove Press, 1998)
“The sea is fulfilled, and the Empire fell apart.
Lord, Portugal must yet fulfill itself!”
Poem "O Infante", verses 11-12
Message
Originál: Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
“Liberty is the possibility of isolation.”
Ibid., p. 246
The Book of Disquiet
Originál: A liberdade é a possibilidade do isolamento.