Fernando Pessoa najznámejšie citáty
Fernando Pessoa: Citáty v angličtine
“When I write, I solemnly visit myself.”
Ibid., p. 287
The Book of Disquiet
Originál: Quando escrevo, visito-me solenemente.
Ibid., p. 60
The Book of Disquiet
Originál: O relógio da casa, lugar certo lá ao fundo das coisas, soa a meia hora seca e nula. Tudo é tanto, tudo é tão fundo, tudo é tão negro e frio!
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Álvaro de Campos (heteronym), "A Frescura" (1929), in Fernando Pessoa & Co: Selected Poems, trans. Richard Zenith (Grove Press, 1998)
“Oh Portugal, today you are fog…
The Hour has come!”
Poem "Nevoeiro", verse 13-14
Message
Originál: Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
“I don't write in Portuguese. I write myself.”
Ibid., p. 353
The Book of Disquiet
Originál: Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.
Ibid., p. 266
The Book of Disquiet
Originál: Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes.[...] Por isto, contudo, amo-os a todos. Meus queridos vegetais!
“I reread? I lied! I don't dare to reread. I cannot reread. What's the point, for me, in rereading?”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Releio? Menti! Não ouso reler. Não posso reler. De que me serve reler?
<p>À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.</p><p>Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!</p>
Álvaro de Campos (heteronym), Ode Triunfal ["Triumphal Ode"] (1914), in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
“Having touched Christ's feet is not an excuse for punctuation mistakes.”
A Factless Autobiography, Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006, p 229
The Book of Disquiet
Originál: O ter tocado os pés de Cristo não é desculpa para defeitos de pontuação.
“Not pleasure, not glory, not power: freedom, only freedom.”
Ibid., p. 62
The Book of Disquiet
Originál: Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade.
Poem "O Mostrengo" http://www.inverso.pt/Mensagem/MarPortugues/mostrengo.htm, lines 1–9, trans. Charles Eglington ( Listen to the poem on YouTube https://www.youtube.com/watch?v=L5Ihd-ECpYM)
Message
<p>Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.</p><p>Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.</p>
Alberto Caeiro (heteronym), O Guardador de Rebanhos ("The Keeper of Sheep"), IX — in A Little Larger Than the Entire Universe, trans. Richard Zenith (Penguin, 2006)
Ibid., p. 173
The Book of Disquiet
Originál: Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio: a incapacidade de pensar, a amoralidade e a hiperexcitação.
“Love is essential. Sex, a mere accident.”
O amor é que é essencial.
O sexo é só um acidente.
Poem (5 April 1935), reported in Poesias inéditas (1930-1935), p. 192
Ibid., p. 59
The Book of Disquiet
Originál: Durmo e desdurmo.
Do outro lado de mim, lá para trás de onde jazo, o silêncio da casa toca no infinito. Oiço cair o tempo, gota a gota, e nenhuma gota que cai se ouve cair.
Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, porque não sonhar os meus próprios sonhos?
Apontamentos pessoais ["Autobiographical Notes"] (1910)
“I never go to where's a risk. I'm frightened of dangers down to boredom.”
Ibid., p. 96
The Book of Disquiet
Originál: Nunca vou para onde há risco. tenho medo a tédio dos perigos.
“Who wants to go beyond the Bojador
Must go beyond pain.”
Poem "Mar Português", Verses 9-10
Message
Originál: Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
“Nature is the difference between the soul and God.”
Ibid., p. 150
The Book of Disquiet
Originál: A natureza é a diferença entre a alma e Deus.
“Who doesn't feel commands. He who only thinks what is required in order to win, wins.”
Ibid., p. 260
The Book of Disquiet
Originál: Manda quem não sente. Vence quem pensa só o que precisa para vencer.
“If we knew the truth, we'd see it; all else is system and outskirts.”
Ibid., p. 106
The Book of Disquiet
Originál: Se conhecêssemos a verdade, vê-la-íamos; tudo o mais é sistema e arrabaldes.
“It's in an inland sea that the river of my life ended.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Foi num mar interior que o rio da minha vida findou.
Ibid., p. 122
The Book of Disquiet
Originál: Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito.
“God wills, man dreams, the work is born.”
Poem "O Infante", verse 1.
Message
Originál: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
“Action men are the unvoluntary slaves of wise men.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: A ideia de uma obrigação social qualquer [...] só essa ideia me estorva os pensamentos de um dia, e às vezes é desde a mesma véspera que me preocupo, e durmo mal, e o caso real, quando se dá, é absolutamente insignificante, não justifica nada; e o caso repete-se e eu não aprendo a aprender.
“Knowing not to have illusions is absolutely necessary in order to have dreams.”
Ibid., p. 276
The Book of Disquiet
Originál: Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
“Wasting time has an esthetics to it.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: Perder tempo comporta uma estética