Fernando Pessoa najznámejšie citáty
Fernando Pessoa: Citáty v angličtine
Ibid., p. 371
The Book of Disquiet
Originál: O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como a de não poder fitar os seus próprios olhos.
“To pretend is to know oneself.”
Fingir é conhecer-se.
Álvaro de Campos (heteronym), in Presença no. 5 (1927)
“Clear in thinking, and clear in feeling,
and clear in wanting”
Poem "D. Pedro", verses 1-2
Message
Originál: Claro em pensar, e claro no sentir,
e claro no querer
Ibid., p. 182
The Book of Disquiet
Originál: Penso as vezes, com um deleite triste, que se um dia, num futuro a que eu já não pertença, estas frases, que escrevo, durarem com louvor, eu terei enfim a gente que me "compreenda", os meus, a família verdadeiro para nela nascer e ser amado. [...] Serei compreendido só em efígie, quando a afeição já não compense a quem morreu a só desafeição que houve, quando vivo.
“My life is as if you've hit me with it.”
Ibid., p. 101
The Book of Disquiet
Originál: A minha vida é como se me batessem com ela.
Ibid., p. 100
The Book of Disquiet
Originál: Entre mim e a vida há um vidro ténue. por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
Ibid., p. 375
The Book of Disquiet
Originál: Em qualquer espírito, que não seja disforme, existe a crença em Deus. Em qualquer espírito, que não seja disforme, não existe crença em um Deus definido.
“Strength without agility is a mere mass.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: A força sem a destreza é uma simples massa.
Ibid., p. 89
The Book of Disquiet
Originál: A civilização consiste em dar a qualquer coisa um nome que lhe não compete, e depois sonhar sobre o resultado. E realmente o nome falso e o sonho verdadeiro criam uma nova realidade. O objecto torna-se realmente outro, porque o tornámos outro. Manufacturamos realidades.
Ibid., p. 250
The Book of Disquiet
Originál: Se eu tivesse escrito o Rei Lear, levaria com remorsos toda a minha vida de depois. Porque essa obra é tão grande, que enormes avultam os seus defeitos, os seus monstruosos defeitos, as coisas até mínimas que estão entre certas cenas e a perfeição possível delas. Não é o sol com manchas; é uma estátua grega partida.
Ibid., p. 88
The Book of Disquiet
Originál: Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual.
“Every man who deserves to be famous knows it is not worth the trouble.”
Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê-lo.
A Celebridade (1915)
“The train slows down, it's the Cais do Sodré. I arrived to Lisbon, but not to a conclusion.”
Ibid.
The Book of Disquiet
Originál: O comboio abranda, é o Cais do Sodré. Cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão.
O único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as coisas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:—
As coisas não têm significação: têm existência.
As coisas são o único sentido oculto das coisas.
Alberto Caeiro (heteronym), O Guardador de Rebanhos ("The Keeper of Sheep"), XXXIX, trans. Richard Zenith.
“Faithful to the word given and the idea had.
All else is up to God!”
Poem "D. Pedro", verses 11-12
Message
Originál: Fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo o mais é com Deus!
“There's no regret more painful than the regret of things that never were.”
Ibid., p. 111
The Book of Disquiet
Originál: Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!
Ibid., p. 413<ǃ--Assírio & Alvim, 2008-->
As quoted in Os Grandes Trechos, Richard Zenith Edition, Lisbon, 2006, p. 413
The Book of Disquiet
Originál: Ter opiniões definidas e certas, instintos, paixões e carácter fixo e conhecido — tudo isto monta ao horror de tornar a nossa alma num facto, de a materializar e tornar exterior.
Ibid., p. 77
The Book of Disquiet
Originál: O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que ´desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.
“Sailing is necessary, living is not necessary.”
Ibid., pp. 133, 262
This has been attributed to Pessoa. Indeed, it is from Plutarch's "Parallel Lives", about Pompeus, when demanding that soldiers board the ships, when they were afraid of dying at sea.
The Book of Disquiet
Originál: Navegar é preciso, viver não é preciso.
“These are Fortunate Islands,
These are lands without a place”
Poem "As Ilhas Afortunadas", verses 11-12
Message
Originál: São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar
English note by the hand of the poet in the same paper sheet: Your poems are of interest to mankind; your liver isn't. Drink till you write well and feel sick. Bless your poems and be damned to you.
Ibid., p. 229
The Book of Disquiet
Originál: Se um homem escreve bem só quando está bêbado dir-lhe-ei: embebede-se- E se ele me disser que o seu fígado sofre com isso, respondo: o que é o seu fígado? É uma coisa morta que vive enquanto você vive, e os poemas que escrever vivem sem enquanto.
“Be plural, like the universe!”
Sê plural como o universo!
Páginas Íntimas e de Auto Interpretação (published posthumously, 1966)
“The sea with an end can be Greek or Roman:
the endless sea is Portuguese.”
Poem "Padrão", Versos 11-12
Message
Originál: O mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
“I'm a man for whom the outside world is an inner reality.”
Ibid., p. 376
The Book of Disquiet
Originál: Sou um homem para quem o mundo exterior é uma realidade interior.
“Deceiving himself well is the first quality of the statesman.”
Ibid., p. 241
The Book of Disquiet
Originál: Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista.
<p>Original: E a suprema glória disto tudo, meu amor, é pensar que talvez isto não seja verdade, nem eu o creia verdadeiro.</p><p>E quando a mentira comece a dar-nos prazer, falemos a verdade para lhe mentirmos.</p>
Ibid., p. 280
The Book of Disquiet
“Myth is the nothing that is everything.”
Poem "Ulisses", verse 1
Message
Originál: O mito é o nada que é tudo.
"A Factless Autobiography", number 3, tr. by Richard Zenith
The Book of Disquiet
“Common man, no matter how hard life is to him, at least has the fortune of not thinking it.”
Ibid., p. 181
The Book of Disquiet
Originál: O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar.
“The beauty of a naked body is felt only by the dressed races.”
Ibid., p. 75
The Book of Disquiet
Originál: A beleza de um corpo nu só o sentem as raças vestidas.