Florbela Espanca citáty a výroky
Florbela Espanca: Citáty v angličtine
“To live is to not know that one is living”
Diary (20 April, 1930), quoted in Afinado desconcerto (2002), p. 262
Kontext: Sometimes I start looking at the mirror and examining myself, feature by feature: eyes, mouth, shape of the forehead, eyelids curve, the face line... And this vulgar and hideous-looking, grotesque and miserable amalgam, would it know how to do verses? Oh, no! There is something else … but what? After all, why think? To live is to not know that one is living... Why don't I forget that I am living... to live?
Meu amor! Meu amante! Meu amigo!
Colhe a hora que passa, hora divina,
Bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!
Sinto-me alegre e forte! Sou menina!
[...]
E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras!...
Quoted in Florbela Espanca (1995), p. 81
Translated by John D. Godinho
The Flowering Heath (1931), "Passeio ao Campo"
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos...
[...]
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Citações e Pensamentos de Florbela Espanca (2012), p. 108
Translated by John D. Godinho
The Flowering Heath (1931), "Se tu viesses ver-me hoje à tardinha"
Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...<p>Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!
Quoted in Presença literária (2001), p. 70
Translated by John D. Godinho
Book of Sorrows (1919), "Amiga"
Que filtro embriagante
Me deste tu a beber?
Até me esqueço de mim
E não te posso esquecer...
Quoted in Citações e Pensamentos de Florbela Espanca (2012), p. 191
Translation by John D. Godinho
“All of my love letters are nothing more than the realization of my need to make phrases.”
Todas as minhas cartas de amor não são mais que a realização da minha necessidade de fazer frases.
Diary (16 July, 1930), quoted in Afinado desconcerto (2002), p. 272
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!<p>Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Quoted in Trocando olhares (1994), p. 131
Translated by John D. Godinho
Book of Sorrows (1919), "Vaidade"
Tudo é tranquilo e casto e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: Onde há pintor<p>Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste Mundo?
Juvenilia: versos inéditos de Florbela Espanca (1946), p. 56
Translated by John D. Godinho
Juvenília (1931), No meu Alentejo
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!<p>É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!<p>É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!<p>E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Quoted in Citações e Pensamentos de Florbela Espanca (2012), p. 163
Translated http://emocaoeeuforia.wordpress.com/2012/12/10/beautiful-flower-flor-bela/ by Isabel Teles
The Flowering Heath (1931), "Perdidamente"
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
[...]
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Citações e Pensamentos de Florbela Espanca (2012), p. 110
Translated by John D. Godinho
The Flowering Heath (1931), "Amar!"
As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço
É como um jasmineiro em alvoroço
Ébrio de sol, de aroma, de prazer!
Quoted in Florbela Espanca (1984), p. 13
Translated by John D. Godinho
The Flowering Heath (1931), "Toledo"
As almas das poetisas são todas feitas de luz, como as dos astros: não ofuscam, iluminam...
Contos – À Margem dum Soneto (O Dominó Preto); quoted in Citações e Pensamentos de Florbela Espanca (2012), p. 39
Translation http://www.vidaslusofonas.pt/florbela_espanca2.htm by John D. Godinho
Tenho por ti uma paixão
Tão forte tão acrisolada,
Que até adoro a saudade
Quando por ti é causada
Quoted in Citações e pensamentos de Florbela Espanca (2011), p. 192
Translation by John D. Godinho